Uma das, se não a principal causa da estratificação social em um estado tão grave como o atual, é não apenas o capitalismo comercial, mas toda uma ideologia imperialista capitalista que luta para manter o atual sistema (que já se mostra falho e encontra-se próximo a um gargalo perigoso). O capitalismo hoje, apesar de ser o modelo econômico mais bem sucedido, é nada mais do que uma ilusão aos olhos da sociedade. As próprias escolas são preparadas para desenvolverem trabalhadores aptos a desempenharem determinado papel na sociedade: consumir, consumir, consumir. Não se explora mais o real talento do indivíduo, e sim seu potencial como consumidor. A sociedade capitalista prepara desde o berço indivíduos não pensantes, consumidores, maquinas trabalhadoras geradoras de capital.
Não bastando isso, atribuir a necessidade de dinheiro à vida de indivíduos agrava ainda mais a enfermidade social. Um grande exemplo é o do pedreiro. O salário de um pedreiro que trabalha em uma obra é apenas o suficiente para ele ir para casa, comer e voltar para trabalhar no próximo dia, ao contrário do lucro que ele gera para o responsável pela obra. Isso causa um ciclo vicioso, mantendo os poderosos no poder e os vassalos na base da pirâmide.
Esses exemplos são sintomas de uma doença conhecida: uma voracidade incontrolavel por poder. O dinheiro vem sendo usado com o cunho manipulativo e até mesmo opressivo, sendo esse inesgotável. Os bancos e a reserva federal criam dinheiro gerando divida, essa que será futuramente "paga" com mais dinheiro que será criado gerando mais divida. Uma formula simples: se não tem divida, não tem dinheiro. E o pior: ao cobrar juros os bancos acabam criando dinheiro que não existia, fazendo ser automaticamente necessário a emissão de mais moedas (que serão geradas pelo preço de mais divida, como visto anteriormente) para pagar essa divida "virtual", fazendo assim que seja impossível uma quitação completa da divida. Isso gera, além de um grande acúmulo de capital na mão de poucos (bancos, governo, etc), uma prisão virtual na qual todos os indivíduos que constituem esse sistema encontram-se. E, como citado anteriormente, o sistema luta para manter sua estrutura, privando indivíduos denominados livres de acordo com a constituição de exercerem sua liberdade escrita no papel, fazendo com que esses atribuam a necessidade de pagar uma divida inexorável e interminável à sua existência.
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