“Boa sorte”. Com isso,
enquanto Luan direcionava-se para o segundo andar para conversar com Alice, João
levantou, pegou uma garrafa de água que estava jogada no chão e foi para a área
da piscina esticar as pernas. Ainda estava amanhecendo, João estava com frio,
mas não se importou. Acendeu um cigarro e caminhou em direção ao parapeito nas
extremidades da cobertura. Woah,
pensou ao olhar lá embaixo. E a Karen? Mas
que merda, Jhonny; lembrava, ao mesmo tempo recordando de Daniela
derramando lágrimas custosas por sua causa. Primeiro um pé, depois o outro. Após
alguns segundos, talvez minutos lutando contra o desequilíbrio, conseguiu
manter-se de pé sobre o parapeito. A garrafa de água em uma mão e o cigarro na
outra. Era absolutamente desconcertante olhar para baixo. E a Karen, Jhonny? E a Karen?, ele podia escutar em meio à densidade
emocional em que se encontrava. Colocando o cigarro em sua boca, jogou a
garrafa de água para traz e abriu os braços, admitindo a tormenta que o
revolvia em todas as acepções possíveis. Com os olhos fechados era mais fácil –
tudo com que tinha que se concentrar era em puxar ar para o cigarro e tragá-lo.
A noção de equilíbrio, porém, tornava-se mais incerta e volátil. Ele não se
importava. A ideia era até mesmo excitante, libidinosa. E para o grand finale...
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