O simples fato de que para um pessimista o copo esta sempre meio vazio e para um otimista o copo esta meio cheio é a prova fundamental de que nenhum é melhor do que o outro; assim como a religião opressiva é tão errada quanto o ateísmo opressivo.
Em seu propósito, são todos idéias que fazem parte de um consenso muito maior do que a simples discussão de um assunto e seu oposto absoluto. Nada mais servem do que para coletar dados de óticas diferentes para chegar a conclusões indiferentes de opiniões. Mas nós humanos não conseguimos ser imparciais. Há necessidade de se identificar com um ponto e defende-lo.
O pessimista sempre vai ser pessimista, pois este olha através de olhos diferentes de um otimista, e vice versa. Provavelmente o otimista gosta de contemplar a beleza do mundo, a arte criada a partir de mentes brilhantes, obras magnificas, música, tudo o que o talento imenso do ser humano pode oferecer aos nossos afortunados sentidos, alem das belas paisagens, lugares e diversidade que esse mundo nos tem a oferecer. Já o pessimista olha para o sofrimento desnecessário, o descaso completo da mente humana para com sua própria espécie, as consequências do egoísmo desse ser que ao mesmo tempo é capaz de criar coisas tão belas. Não preciso citar o holocausto, as ditaduras e guerras financiadas, a manipulação de mercado, etc etc. O fato é que o belo é atrativo, mas não é tudo; assim como lado degenerado de tudo. Nunca haverá consenso entre duas pessoas desse tipo porque o otimista não se sente bem falando do podre, do feio, daquilo que da mal estar, e o pessimista não suporta aquele que só gosta de cheirar o perfume das rosas.
Não sei qual seria o consenso entre essas duas partes. O mundo é um complexo brinquedo nas mãos erradas. As propagandas ensinam as mentes jovens a sempre dar preferência ao mais belo, mais atrativo, e deixar o feio de lado. A religião também se acomoda nisso. O único sofrimento lembrado pelos religiosos hoje em dia é o daquele que morreu na cruz. Orar para aqueles que estão sofrendo no mundo é uma coisa, ter o conhecimento daquilo é outra. Assistir a uma criança sendo executada, pessoas sendo torturadas, mortas, descartadas como se fossem nada, animais sendo massacrados e todo resto que a evolução nos proporcionou é muito diferente do que apenas ter a palavra "sofrimento" impressa na sua cabeça sendo interpretada por você como uma gripe ruim. A dor que esse mundo sente não é equivalente a uma gripe de fim de semana. A consciência humana foi roubada pelos tablóides. Os próprios ateus que se julgam superiores quando se comparando aos religiosos muitas vezes não tem ângulo suficiente para enxergar nada além de uma necessidade incontrolável de provar que o cristianismo é errado.
O mundo precisa de pensadores, sejam eles cristãos, budistas, ateus ou muçulmanos. Independente de fé e crença, o mundo clama por filhos que reconheçam sua dor, sua beleza e seus problemas. A hipocrisia nem machuca ou surpreende mais. Já é esperado o pior dos grandes poderosos, afinal, eles são os grandes arquitetos dessa realidade.
domingo, 18 de dezembro de 2011
#15
O mundo é claramente separado por dualidades, pontos opostos tangenciando praticamente qualquer assunto. Bem, mal, Deus, demônio, políticos de direita, de esquerda, céu, inferno, eterna gloria, eterno sofrimento, simples, complexo. Bem, a lista é enorme. E sim, eu decidi parar no complexo.
Porque o homem faz questão de procurar o antagônico de tudo?
A psicologia diz que se crianças forem separadas de qualquer maneira distintiva, como por exemplo camisetas de cores diferentes, e forem colocadas em um lugar onde haveria convívio entre elas, as crianças se relacionariam com as outras da mesma cor de camiseta naturalmente, criando uma barreira psicológica entre os da cor diferente. E essa distinção cresceria cada vez mais.
É da natureza do homem ser homem, como do macaco ser macaco e o rato ser rato. Marx não encontrou a origem da hostilidade humana, dessa enfermidade; apenas diagnosticou outro sintoma. E sempre vai ser assim, até que o homem não seja mais homem. Somos naturalmente destrutivos, semeadores do nosso próprio fim. Não é atoa que livros e livros sobre táticas de marketing, de negócios, até mesmo sobre a grande arte da sedução, trate dos instintos mais básicos e primitivos do homem. Sim, aqueles instintos selvagens que um dia nos serviram como utensílio primordial para sobrevivência. No fundo, o homem não mudou, pois continua seguindo sua "lei da selva"; mas essa selva é de concreto, e o almejado é viver em cima dos outros, enterrando quantos corpos forem necessários, para ganhar o título de bem sucedido.
O preço hoje em dia não é nem mais a alma ou a integridade da pessoa. É o preço definitivo da consciência. O mundo é bem mais selvagem hoje do que já foi em qualquer outra era desse planeta. O domínio dos inteligentes os fez esquecer de que são primatas e ainda lutam como tal.
Porque o homem faz questão de procurar o antagônico de tudo?
A psicologia diz que se crianças forem separadas de qualquer maneira distintiva, como por exemplo camisetas de cores diferentes, e forem colocadas em um lugar onde haveria convívio entre elas, as crianças se relacionariam com as outras da mesma cor de camiseta naturalmente, criando uma barreira psicológica entre os da cor diferente. E essa distinção cresceria cada vez mais.
É da natureza do homem ser homem, como do macaco ser macaco e o rato ser rato. Marx não encontrou a origem da hostilidade humana, dessa enfermidade; apenas diagnosticou outro sintoma. E sempre vai ser assim, até que o homem não seja mais homem. Somos naturalmente destrutivos, semeadores do nosso próprio fim. Não é atoa que livros e livros sobre táticas de marketing, de negócios, até mesmo sobre a grande arte da sedução, trate dos instintos mais básicos e primitivos do homem. Sim, aqueles instintos selvagens que um dia nos serviram como utensílio primordial para sobrevivência. No fundo, o homem não mudou, pois continua seguindo sua "lei da selva"; mas essa selva é de concreto, e o almejado é viver em cima dos outros, enterrando quantos corpos forem necessários, para ganhar o título de bem sucedido.
O preço hoje em dia não é nem mais a alma ou a integridade da pessoa. É o preço definitivo da consciência. O mundo é bem mais selvagem hoje do que já foi em qualquer outra era desse planeta. O domínio dos inteligentes os fez esquecer de que são primatas e ainda lutam como tal.
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