A beleza da vida está no vagaroso passo em que tornamo-nos cada vez mais
conscientes das nossas adinamias mais intrínsecas. Entre decepções absurdas e momentos
catárticos desgraçados, as cores, os tons de cinza, o amor, as pessoas, tudo muda.
Muda sem mudar, que coisa! Muda de si para si, de maneira íntima e egoísta. Até
o silêncio passamos a ouvir, e dele aprendemos. Aprendemos a amputar o putrefato
de nossas vidas em função da necessidade de continuar respirando ar puro,
limpo, digno! É difícil, mas o tempo lapida as nossas angústias. Enquanto isso,
só nos resta sorrir, sorrir para a vida!